Como encarar a Transformação Digital que vivemos?

A transformação digital que vivemos não tem precedentes. Já vinha acelerada, mas tornou-se agora quase uma obcessão. Não devemos nos esquecer de que muito dessa

A transformação digital que vivemos não tem precedentes. Já vinha acelerada, mas tornou-se agora quase uma obsessão. Não devemos nos esquecer de que muito dessa transformação veio para sequestrar ainda mais do escasso tempo que temos, além de nos fazer reféns da interação com dispositivos.

Você tem alguma ideia ou projeto que deseja materializar online?

A necessidade de estar presente na Web tornou-se inexorável. E ela nos traz oportunidades que podem gerar vários frutos. Desde a realização pessoal de uma pessoa em qualquer área do conhecimento até um empreendedor próspero que deseja vender um produto ou serviço.

Artistas, criativos, intelectuais e profissionais liberais podem e devem se beneficiar das possibilidades que a Internet oferece. Seja obtendo novos clientes ou seguidores, seja comprovando sua autoridade em seu campo de conhecimento ou ainda podendo ser visto por colegas e parceiros de sua área de atuação.

É dessas confluências que surgem novas conexões e novos projetos colaborativos.

Tendo interesse em se inserir no mundo digital de uma forma efetiva, com consciência de seu alcance e suas possibilidades, eu diria que está com “a faca e o queijo na mão”.

O primeiro passo é refletir sobre o que se quer e definir seu propósito maior, que dê sentido à sua vida ou seu negócio, assim como ao próximo, tendo ao mesmo tempo, objetivos e metas a alcançar.

O segundo passo é definir seu público, da forma mais específica e detalhada possível, identificando quais as principais dores e necessidades que eles possuem e você tem solução para oferecer.

O terceiro, considerando o que te diferencia dos demais, é saber narrar sua solução para as dores e necessidades de seu público. E como? Por meio de conteúdos diversos que o atraia e faça dele um cliente, seguidor, admirador ou embaixador voluntário.

A partir daí, examina-se a situação, olha-se o ambiente à volta, pensa-se nos caminhos possíveis, concebe-se uma estratégia, com metas e resultados esperados.

Um Mar de Tubarões Digitais.

Algumas das grandes revoluções digitais e mais disruptivas do passado recente foram promovidas pela Amazon, Facebook, Google, Airbnb, Apple e Uber, para citar apenas alguns exemplos mais conhecidos, entre vários outros.

O Uber apresentou prejuízo após prejuízo, um ano após o outro. Já o Airbnb se tornou a maior plataforma de reservas diferenciadas online e se tornou um fenômeno global. É certo que a pandemia do Coronavirus iniciada em 2020 gerou impactos. Porém, Amazon, Google e Facebook (que inclui Whatsapp e Instagram) tiveram um crescimento exponencial.

Essas empresas gigantes hoje manipulam dados obtidos através do rastreamento de comportamentos e hábitos, além dos deslocamentos e atividades diárias de bilhões de pessoas.

O que se vê na China, com a tecnologia 5G é a materialização aprimorada do tema tratado por George Orwel em seu “best seller”: 1984.

Somos monitorados full time

Seja por meio do localizador do GPS, ou pela sua lista de contatos e telefonemas, os canais que você assiste no Youtube, os sites que você visita, as compras que você faz com seus cartões de crédito ou débito, seus amigos e seguidores nas redes sociais, suas postagens, os likes e deslikes, os lugares que você frequenta e os deslocamentos que faz, os tipos de consumo que realiza e até as suas possíveis doenças, assim como seu estado civil, tudo isso é rastreado em tempo real e contínuo.

Dentre esses Tubarões, a Apple merece um destaque especial, pois foi ela quem inventou e criou o iPhone, o primeiro Smartphone (em 2007).

A partir daí, e após a chegada de concorrentes como Samsung, Xiaomi e outros, esse dispositivo tem modificado os costumes de todos os povos de forma ainda não suficientemente estudada e menos ainda compreendida.

O mundo como que tomou um alucinógeno, há uma aceleração de tudo e uma imposta necessidade de se adaptar às novidades que nos apresentam. Vão criando o mundo em que nós vivemos, fazendo-nos aprender o tempo todo a lidar com dispositivos e aplicativos que inventaram para nos fazer consumir recursos e tempo.

A primeira aquisição e a mais mais desejada por pessoas de renda baixa no mundo atual é um smartphone, e nesse momento de nossas vidas a quantidade deles é espantosa, são bilhões, as células do corpo de uma sociedade digital em rede.

O advento do Big Data

Big Data. Essa palavra é polêmica e já foi motivo para uma séria e escandalosa denúncia de Edward Snowden, ex agente da CIA, hoje vivendo na Rússia, registrada ao longo de algumas semanas e condensada num documentário impressionante e imperdível, cujo nome é Citizenfour.

Big Data se baseia em no 5V: valor, volume, velocidade, variedade e veracidade. Ela é fruto de toda informação rastreada e registrada pelos tubarões digitais num banco de dados infinito de onde, por exemplo, se extraem padrões e tendências de comportamento, consumo e saúde.

Daí, vem o Data Science, em que jovens brilhantes extraem relatórios desse Big Data de acordo com o pedido de um cliente, por exemplo. Isso acontece aqui e agora, entre essas empresas como Facebook e Google, entre outras empresas especializadas, mas também com governos.

Disponibilizam acesso a relatórios sofisticados que valem ouro e também oferecem plataformas de anúncios, além daquilo que faturam com sistemas, produtos e aplicativos, usados por bilhões de pessoas, 24h por dia. Todos eles nos rastreando alguma informação em tempo real.

Trata-se de um poder quase sobrenatural, onde o valor é econômico, acompanhado do privilégio de obter informações e prever o futuro com base nos relatórios possíveis de serem obtidos e interpretados com base no BigData acumulado. Com certeza muita ficção científica do passado jamais teria concebido aquilo que vivemos hoje.

Essas possibilidades decorrem de um sistema digital movido a aprendizagem de máquina e inteligência artificial, com algoritmos que trabalham e são aperfeiçoados o tempo todo, com um staff de engenheiros, programadores e cientistas na retaguarda.

Um pioneiro que analisa o impacto da comunicação móvel em tempo real, em nossa sociedade.

No estudo do impacto dos smartphones e da comunicação móvel em tempo real, merece destaque um renomado professor e doutor espanhol, reconhecido internacionalmente, professor no MIT e outras instituições famosas.

Se chama Manuel Castells, ele foi pioneiro no estudo desse fenômeno desde o início, há muito tempo, liderando pesquisas e investigações multidisciplinares, com resultados espantosos a partir da Universidade de Barcelona.

Manuel Castells, o brilhante acadêmico espanhol, falando sobre comunicação móvel em tempo real e seu impacto na sociedade atual.

Sugiro assistir à entrevista dele abaixo, que apesar de não ser recente, considero surpreendente, pelas revelações que ele faz, a partir das pesquisas que realiza na vanguarda desse assunto. Inclusive com o uso de scanners cerebrais para observar as reações do cérebro humano, assim como as novas formações de circuitos neuronais decorrentes, por meio de estímulos medidos e controlados.

A noção do tempo cronológico relacionado à nossa posição geográfica vem sendo compactado com os tempos cronológicos de qualquer lugar do planeta, na globalização que vivemos.

Isso nos fascina, mas também pode nos deixar meio desorientados.

E com o será o futuro?

Assista esse vídeo do Dr. James Canton, do Institut Global Futures.

Ele descreve o cenário de transformação digital que é previsto pela ciência e por aqueles cidadãos que produzem coisas para vender. Nos faz ver como a tecnologia se apodera de nós até como potenciais predadores, porém, ele afirma acreditar na possibilidade ou necessidade de haver um limite.

Pois, o lado bom é que se abriram infinitas possibilidades e desafios, os quais podem ser bons motivos para nós nos mexermos e corrermos atrás dos nossos propósitos. A vida é breve e não dá marcha à ré.

Toda essa história até aqui para chegarmos a nós mesmos e refletirmos. Qual a nossa realidade? Como podemos nos integrar nesse mundo digital de forma que ele nos sirva e não nós a ele?

A resposta pode ser mais de uma, porém, um fato recente constatado é que o trabalho remoto pode ser tão produtivo quanto o presencial, em que pese ser um novo desafio, mas disso é feita a vida.

O livro de Viviane Mosé, “O Homem que Sabe”

Me lembrei, ao escrever esse artigo, de um livro da Poetiza, Psicanalista e Filósofa Viviane Mosé, mulher capixaba brilhante, dotada de uma inteligência e de uma eloquência admiráveis.

Ela descreve em seu livro a trajetória do ser humano, desde o momento pré socrático até o homem atual, interconectado pela nossa nova vida em rede. Explica, didaticamente, como o mundo das ideias, a partir de Platão, nos levou a uma visão idealizada da vida.

É uma estudiosa, admiradora e grande conhecedora da obra de Nietzsche. Um livro cuja leitura recomendo a todos que tenham interesse no tema. Ela discorre sobre como linguagem e consciência são duas faces de uma mesma moeda. Muito enriquecedora a leitura.

O desafio da Transformação Digital e a saída pelo caminho da curadoria.

Atualmente podemos buscar soluções diversas, e muitas inclusive gratuitas, para se aprender, entender, planejar e se mensurar o que fazer.

Esse é um momento de profunda reflexão e diversas oportunidades. Para usufruí-lo sem nos perdermos nessa infinitude que se abriu temos que desenvolver a habilidade da realizar uma curadoria de conteúdos, nem que seja por meio de outros que nos ajudem nesse desafio.

Libertemos nossa criatividade e nossa auto confiança para reescrever nossa história atual e futura.

Existem muitas coisas legais acontecendo. Se inserir no mundo digital, de qualquer forma, é uma experiência de vida da nossa época. Não precisamos levar nada a extremos. Como dizia meu pai, nem 8 e nem 80. Vamos com calma e seguindo para aprender com o que vem por aí.

Podemos criar conexões como acharmos melhor, em função daquilo que é de nosso interesse na nossa vida atual, onde podemos ser quase tudo. A Internet é quase sem limite, diante de tantas possibilidades que se descortinam através dela. Rápida e instantaneamente.

Se considerarmos o potencial do cérebro humano, com suas infinitas conexões e sinapses simultâneas, novos insights deverão brotar com novas ideias e possibilidades práticas de recriarmos o futuro com mais simplicidade.

Obrigado pela sua leitura! Estou praticando escrever sobre assuntos que me desafiam a mente.

Caso tenha gostado desse post, comente, deixem seu like, compartilhe e seja bem.

Visualizações: 0

Reunião gratuita de 30 minutos

Quer dar o passo que falta para construir sua presença digital online, mas não sabe por onde começar? Vamos conversar sobre sua necessidade ou projeto!